domingo, 21 de novembro de 2010

Por enquanto, sem nome

Parte 1

La estava eu, indo para minha casa como todos os dias normais de minha vida. Era cerca de seis horas da tarde, eu estava no trem mais ou menos em um décimo do caminho, quando algo muito estranho começou a acontecer. O vagão onde eu me encontrava, pra variar, estava lotado, cheio de pessoas. Estou olhando pela janela, quando derrepente uma daquelas pessoas começa a atacar uma outra, ela esta endemoniada. A pessoas que ele mordeu também ficaram com o mesmo comportamento, então uns começaram a atacar aos outros. Eu entro em pânico, logo também seria atacada, procuro embaixo de um dos assentos um extintor de incêndio. Me abaixo e pego, bato na cabeça de dois que tentam me atacar, mas não adianta muito, aquilo já esta se espalhando por todo o vagão que eu estava. Só restava uma opção, fugir. Subo em cima de uns dos assentos, me ponho fora do trem, me segurando em uma fresta que tem um pouco acima da janela no lado de fora. O trem esta em movimento, eu quase caio, quase me puxam para dentro, porém eu consegui, eu subi em cima do trem. De onde estou consigo escutar os gritos histéricos vindo de onde estava. Precisava fugir dali logo antes que alguém viesse atrás de mim. Pular dali não dava, mesmo que eu conseguisse estava no meio do nada, nenhuma rua, nenhum ônibus, eu precisava esperar estarmos um pouco mais a frente no caminho. Fui andando em cima do trem, pulando de vagão em vagão, pensei em entrar em algum deles, mas logo percebi que eles também estavam tomados de medo, gritaria e dor.

Me sentei, tentando não cair nas badalações que aquela coisa fazia. Fazia cerca de uns cinco minutos que eu estava ali, parada, esperando algo que não sabia ao certo bem o que era. Então algo grande, preto e um pouco peludo pula na minha frente. Eu num sabia o que era, mas ele só podia estar ali para me devorar. Me pus de pé, quase me jogando de onde estava, quando ele disse.

- Vem comigo!

Claro que só podia estar de brincadeira, me devorar em chão seguro? Não, se quiser será aqui em cima mesmo, eu não iria facilitar minha morte.

- Não, não mesmo..

- Se você não quiser morrer é melhor vir comigo, logo eles te acharão aqui.

Bom né, como dizem " se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Escolho ir com ele, seria melhor morrer sendo devorada do que virar um possuído igual os outros.


Parte 2

Subi nas costas daquela coisa, passei a repará-lo melhor, ele tinha patas similares a de lobisomens, tinha uma postura como a de humanos, e orelha levantada como de cachorros atentos ao que escutam. Poderia até dizer que se assemelhava a Anúbis, o famoso deus da morte dos egípcios. Não tinha muitos pelos, mas era totalmente negro.

Ele pulou do vagão e começou a correr muito velozmente, dando pulos muito altos, sem se importar com meu peso, era como se eu fosse uma pena em suas costas. Logo ele começou a falar.

- O seu mundo esta sendo atacado por algo muito ruim, que não sabemos ao certo o que é. Essa coisa domina seus corpos, muda sua genética. Você poderia os chamar de zumbis, mas eles não se assemelham bem com esses seres que vocês inventaram. São demônios que entram sem seus corpos, os tornando totalmente agressivos, extintivos e irracionais. Eu e minha raça somos chamados de Amunt e viemos para a Terra tentar impedir a extinção dos seres humanos. Nós queremos proteger vocês ..

- Então quer dizer que não vai me devorar?

- Não, você é minha escolhida. Hoje, no mesmo horário que aconteceu seu ataque, a mesma coisa ocorreu em outros lugares. Desses lugares, outros de minha raça escolheram uma pessoa, um escolhido. Essa pessoa deveria ser a que sobrevivesse, a mais forte, mais inteligente, ou a mais sortuda. A partir do momento da escolha, nosso dever é proteger o ser humano em questão. Eu escolhi você, é meu dever te proteger, não importa o que aconteça.

- Então quer dizer que o mundo vai acabar? - Falei com um ar de choro.

- Não, nós não deixaremos isso acontecer. Estamos preparando uma colônia, em um lugar muito distante de tudo. Lá cuidaremos dos sobreviventes. Para a colônia você tem o direito de escolher uma pessoa que irá levar conosco.

-Uma? Apenas uma? Eu não posso escolher uma! Meu pai e mãe, meus irmãos. Não posso abandoná-los.

-Não há outra forma, você só pode levar um

- Eu não posso escolher..

- Você é uma escolhida, é seu dever, tente lidar com isso

- Pelos menos meu pai e minha mãe, num posso viver sem eles..

- Ok. Dois, e ninguém mais.

Então fomos em direção a minha casa, buscar as únicas pessoas que eu poderia levar em plena segurança para a colônia


Parte 3

[...]